A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apelou ao Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, para que apoie a criação de organismos independentes de luta contra a corrupção, tendo o dirigente ucraniano dado a entender que a legislação de apoio poderá ser adoptada dentro de dias.
“A Ucrânia já alcançou muito no seu percurso europeu. Deve construir sobre estas bases sólidas e preservar órgãos anti-corrupção independentes, que são os pilares do Estado de direito ucraniano”, disse von der Leyen numa publicação no X no domingo, após uma conversa telefónica com Zelenskyy.
Após uma rara explosão de críticas públicas, Zelenskyy apresentou na quinta-feira um projecto de lei para restaurar a independência das agências anti-corrupção da Ucrânia - invertendo o curso de um projecto anterior que visava retirar a sua autonomia.
“Falámos sobre o projecto de lei que garante a independência e a eficácia dos organismos anti-corrupção da Ucrânia. Agradeci à Comissão Europeia pela sua experiência”, afirmou Zelenskyy numa publicação no X após a sua conversa de domingo com von der Leyen.
“Partilhamos a mesma visão: é importante que o projecto de lei seja adotado sem demora, já na próxima semana”.
Von der Leyen também prometeu continuar a apoiar a Ucrânia no seu caminho para a adesão à UE.
“A Ucrânia pode contar com o nosso apoio para progredir na sua caminhada europeia”, acrescentou.

Mais sanções contra a Rússia
Em separado, Zelenskyy assinou um decreto no domingo para sincronizar as sanções contra a Rússia com as impostas pela UE.
O decreto, publicado no website oficial do Gabinete Presidencial da Ucrânia, confirma uma decisão anterior do Conselho de Segurança e Defesa Nacional do país.
O Presidente ucraniano assinou um outro decreto, igualmente publicado no website oficial do Gabinete Presidencial, que impõe novas sanções a Moscovo.
A assinatura dos dois decretos surge depois de Zelenskyy ter dado instruções ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, Andrii Sybiha, no início deste mês, para coordenar o 18º pacote de sanções adotado pela UE contra a Rússia em 18 de julho “dentro da jurisdição da Ucrânia”.