O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse esta segunda-feira que “adoraria” concorrer contra o antigo Presidente Barack Obama em 2028 para um terceiro mandato, o que é proibido pela Constituição.
“Adoraria. Seria uma boa ideia. Gostaria muito”, disse Trump aos jornalistas na Sala Oval, quando questionado sobre um hipotético confronto eleitoral.
“Ninguém me está a pedir para concorrer, e há toda uma história sobre concorrer a um terceiro mandato. Eu não sei. Nunca me debrucei sobre o assunto. Dizem que há uma maneira de o fazer, mas eu não sei, mas não investiguei. Quero fazer um trabalho fantástico. Temos quatro anos... Ainda faltam quatro anos”, acrescentou.
As declarações de Trump foram feitas um dia depois de ter dito que “não está a brincar” sobre a possibilidade de tentar cumprir um terceiro mandato, a indicação mais clara de que está a considerar formas de ultrapassar uma barreira constitucional que o impede de continuar a liderar o país depois de o seu segundo mandato terminar no início de 2029.
“Há métodos que podem ser utilizados para o fazer”, disse Trump numa entrevista telefónica à NBC News. É demasiado cedo para pensar nisso”, afirmou.
A 22ª Emenda, acrescentada à Constituição em 1951, depois de o Presidente Franklin D. Roosevelt ter sido eleito quatro vezes consecutivas, estipula que “nenhuma pessoa será eleita para o cargo de Presidente mais do que duas vezes”, quer os mandatos sejam consecutivos ou não.
Trump está atualmente a cumprir o seu segundo mandato, o que levou alguns dos seus aliados a sugerir que o caminho para um terceiro mandato poderia ser assegurado através de uma sucessão e não de uma eleição.
Kristen Welker, da NBC, perguntou a Trump se uma possível via para um terceiro mandato seria o vice-presidente JD Vance concorrer ao cargo principal e “depois passar-lhe o testemunho”.
“Bem, essa é uma delas”, respondeu Trump. “Mas há outras também. Há outas formas.”
Procurar alterar a Constituição para remover a proibição da 22ª Emenda seria quase impossível, dada a maioria de dois terços necessária em ambas as câmaras do Congresso e a ratificação por três quartos dos estados.