As forças russas avançaram rapidamente num setor estreito, mas importante da linha da frente, disseram o exército ucraniano e analistas na terça-feira, dias antes de um encontro entre os presidentes russo e norte-americano.
O exército de Moscovo, que iniciou a sua "operação militar especial" contra a Ucrânia em 2022, tem feito ganhos custosos, mas incrementais em toda a extensa frente nos últimos meses e afirma ter anexado quatro regiões ucranianas enquanto ainda luta para controlá-las.
O exército ucraniano disse num comunicado na terça-feira que houve combates em redor da aldeia de Kucheriv Yar, na região de Donetsk, reconhecendo ganhos russos.
O blogue ucraniano DeepState, que mantém ligações próximas com o exército, mostrou avanços russos de cerca de 10 quilómetros ao longo de cerca de dois dias.
O corredor agora sob controlo russo ameaça a cidade de Dobropillya, uma cidade mineira de onde os civis estão a fugir e que tem estado sob ataques de drones russos.
Também ameaça a cidade sitiada e destruída de Kostiantynivka, que é uma das últimas grandes áreas urbanas na região de Donetsk ainda controlada pela Ucrânia.
Um blogger militar popular, Sternenko, escreveu no Telegram que as forças russas durante o avanço tinham tomado controlo de partes de uma autoestrada que liga importantes centros populacionais em Donetsk.
"A situação é crítica", escreveu anteriormente.
O Instituto para o Estudo da Guerra, um observatório baseado nos EUA, disse entretanto que: "Grupos de sabotagem e reconhecimento russos estão alegadamente a infiltrar-se em áreas perto de Dobropillya."
"É prematuro chamar aos avanços russos na área de Dobropillya uma rutura ao nível operacional", acrescentou, advertindo que os próximos dias serão fundamentais para repelir o ataque.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, que tem agendado um encontro com Vladimir Putin na sexta-feira, descreveu a cimeira como uma "reunião de sondagem" para avaliar as ideias do líder russo para pôr fim à guerra na Ucrânia.
Os líderes europeus, entretanto, estão a apressar-se para garantir o respeito pelos interesses de Kiev.