A administração do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está a tentar reduzir o orçamento do Departamento de Estado em cerca de metade, segundo a imprensa local.
Um memorando interno, que foi publicado pela primeira vez pelo Washington Post na segunda-feira, afirma que a proposta para o ano fiscal de 2026 alocaria 28,4 mil milhões de dólares para o Departamento de Estado e a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), o que representa um declínio de 27 mil milhões de dólares em relação aos níveis de financiamento aprovados pelo Congresso para 2025.
A assistência humanitária sofreria cortes de 54%, enquanto o financiamento da saúde global cairia 55%, de acordo com o memorando.
O apoio a 20 organizações internacionais, incluindo a NATO e a ONU, seria eliminado, mas as contribuições específicas para um conjunto de organizações, incluindo a Agência Internacional de Energia Atómica e a Autoridade Internacional da Aviação Civil, manter-se-iam.
Os cortes teriam de ser aprovados pelo Congresso, onde provavelmente enfrentariam obstáculos, mesmo entre os legisladores republicanos.
Cortes avultados
As deliberações surgem numa altura em que a administração Trump e o Departamento de Eficiência Governamental do bilionário Elon Musk procuram reduzir rápida e drasticamente a dimensão do governo federal, cortando milhares de milhões de dólares em despesas e despedindo milhares de funcionários.
Durante o primeiro mandato de Trump, este propôs cortar cerca de um terço dos orçamentos da diplomacia e da ajuda dos EUA. Mas o Congresso, que define o orçamento do governo federal dos EUA, rejeitou a proposta de Trump.
De acordo com as notas, outras propostas incluem a eliminação de mais de um quarto da ajuda externa, a eliminação do financiamento da saúde global, com exceção de pequenos montantes para o HIV, a eliminação do financiamento para as Nações Unidas, a eliminação do principal escritório de ajuda aos aliados afegãos e o corte de uma série de programas de refugiados e de imigração.