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Segurança restabelecida em Tripoli após confrontos armados, diz o Primeiro-ministro da Líbia
Confrontos eclodem na capital da Líbia após a morte de um importante comandante de segurança.
Segurança restabelecida em Tripoli após confrontos armados, diz o Primeiro-ministro da Líbia
A Líbia continua a enfrentar crises de segurança esporádicas, alimentadas por uma divisão política que persiste desde 2022. / AFP
13 de maio de 2025

O Primeiro-ministro líbio, Abdul Hamid Dbeibeh, afirmou esta terça-feira que a segurança foi restabelecida em Tripoli após confrontos armados na capital.

Pelo menos seis pessoas foram mortas nos confrontos, disse um serviço de emergência médica à agência noticiosa AFP na terça-feira, com os meios de comunicação locais a dizerem anteriormente que um líder de um grupo armado estava entre os mortos.

“Seis corpos foram retirados dos locais dos confrontos em torno de Abu Salim”, um bairro de Tripoli, informou o Centro de Medicina de Emergência e Apoio.

A violência eclodiu na capital na segunda-feira, nomeadamente nos bairros de Salah al-Din e Abu Salim, na sequência da morte de Abdel Ghani al-Kikli, que dirige o Aparelho de Apoio à Estabilidade, afeto ao Conselho Presidencial, segundo os meios de comunicação social líbios.

“Congratulo os ministérios do Interior e da Defesa, bem como todos os membros do exército e da polícia, pela grande conquista do restabelecimento da segurança e da afirmação da autoridade do Estado na capital”, declarou Dbeibeh no X.

“O que foi alcançado hoje confirma que as instituições legítimas do Estado são capazes de proteger a nação e preservar a dignidade dos seus cidadãos”, acrescentou.

O Primeiro-Ministro apelou ao fim da presença de “grupos irregulares e ao reforço do princípio de que não há lugar na Líbia exceto para as instituições do Estado, e nenhuma autoridade exceto a da lei”.

Os meios de comunicação social locais, incluindo a Libya Al Ahrar TV, relataram tiroteios intermitentes em toda a capital após a morte de Kikli.

De acordo com os relatórios, a 444ª Brigada, uma unidade sob a alçada do Ministério da Defesa, esteve envolvida nos confrontos com as forças do aparelho.

O Ministério da Defesa líbio, por seu lado, confirmou que as suas forças tinham assumido o controlo total do bairro de Abu Salim, afirmando que a sua operação militar para conter os confrontos “terminou com sucesso”.

A Líbia continua a enfrentar crises de segurança esporádicas, alimentadas por uma divisão política que persiste desde 2022.

Dois governos rivais reivindicam autoridade: o Governo de Unidade Nacional internacionalmente reconhecido, liderado por Dbeibah em Tripoli, que controla o oeste, e um governo paralelo baseado em Benghazi, liderado por Osama Hammad, nomeado pela Câmara dos Representantes, que controla as partes orientais do país e algumas cidades do sul.

Os esforços desenvolvidos durante anos pela ONU para a realização de eleições nacionais estagnaram, prolongando a fragmentação política do país e o conflito armado.

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