O povo palestiniano precisa da “nossa ação coletiva”, afirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Türkiye, Hakan Fidan, na segunda-feira, na abertura de uma reunião de emergência da Organização da Cooperação Islâmica (OIC) sobre Gaza.
Num discurso na reunião da Organização da Cooperação Islâmica (OIC) realizada na cidade de Jeddah, na Arábia Saudita, o presidente da cimeira, Fidan, disse: “O que o povo palestiniano precisa é da nossa ação coletiva”.
Alertou que o reconhecimento da Palestina é insuficiente sem uma ação global para obrigar Israel a pôr fim à sua guerra.
“O Governo de Israel não busca a paz, mas sim o apagamento da Palestina. Isso não pode ser permitido”, disse.
“Devem ser interrompidos.”
A reunião da OIC, presidida pelo principal diplomata da Türkiye, centra-se nas ações israelitas em curso em Gaza e visa coordenar as posições e respostas dos Estados-membros.
Nas observações iniciais, Fidan também condenou os ataques dos colonos na Cisjordânia ocupada, incluindo ministros israelitas, salientando que tais ações não podem continuar sem controlo na cidade histórica.
Israel matou quase 62.700 palestinianos num ataque brutal a Gaza desde outubro de 2023.
A guerra devastou o enclave, que enfrenta uma fome imposta por Israel.
Trégua em Gaza
O principal diplomata da Türkiye enfatizou a importância da proposta de cessar-fogo do Egito e do Catar, que pode ajudar a deter os ataques israelitas, observando que a OIC apoiará totalmente os esforços para um cessar-fogo em Gaza.
“Um acordo foi alcançado, mas o agressor [Israel] também deve concordar”, disse Hakan Fidan.
Fidan alertou que o fracasso em garantir um cessar-fogo permitiria a continuação da ocupação e das atrocidades, instando a uma iniciativa da ONU para a adesão plena da Palestina.
Enfatizou que os planos para a reconstrução e reabilitação de Gaza devem seguir uma estrutura árabe-islâmica, com a Türkiye totalmente comprometida em apoiar os esforços.
“Devemos garantir que os palestinianos permaneçam em Gaza. Devemos reconstruir a Faixa de Gaza juntos”, disse Fidan.
Fidan lembrou que a OIC foi fundada para proteger a mesquita de Al Aqsa, afirmando que qualquer fraqueza prejudicaria a missão central da organização.
Também alertou que os ataques de Israel à Síria, ao Líbano e ao Irão reflectem uma agenda mais ampla de desestabilização que ameaça a segurança regional e global.