O Ministério da Defesa da Síria anunciou a formação de um comité de investigação para identificar os responsáveis pelas execuções efetuadas na província de Sweida, no sul do país, segundo a agência estatal de notícias SANA.
O anúncio foi feito na terça-feira, no seguimento da indignação pública causada por vídeos que circulam online mostrando homens não identificados, vestidos com uniformes militares, a conduzir execuções sumárias na cidade.
"O Ministério da Defesa, representado pelo Ministro Murhaf Abu Qasra, acompanhou relatos de graves e chocantes violações cometidas por um grupo não identificado a usar uniformes militares na cidade de Sweida", afirmou o ministério em comunicado.
O comunicado acrescentou que foi formado um comité especial "para investigar a afiliação e o histórico dos indivíduos que cometeram tais atos" e que "as penas mais severas serão aplicadas aos responsáveis assim que forem identificados".
"Nenhum dos autores destas violações será tolerado, mesmo que pertençam ao Ministério da Defesa", afirmou o Ministro.
Registaram-se incidentes violentos
O Ministério do Interior da Síria também anunciou na terça-feira uma investigação "urgente" ao sucedido.
A presidência síria já havia declarado anteriormente que os responsáveis "devem ser responsabilizados, independentemente da sua posição ou patente".
Os confrontos em Sweida começaram em 13 de julho entre tribos árabes beduínas e grupos armados drusos, desencadeando uma onda de violência generalizada.
Logo depois, ataques aéreos israelitas atingiram posições militares e infraestrutura síria, incluindo locais em Damasco. Israel justificou os ataques como uma medida para proteger as comunidades drusas, embora a maioria dos líderes drusos na Síria tenha rejeitado publicamente a intervenção estrangeira e reafirmado o seu apoio a um estado sírio unificado.
Um cessar-fogo foi anunciado no sábado, após dias de combates.