GUERRA EM GAZA
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Alemanha suspende todas as exportações militares para Israel até novas ordens
O chanceler Merz critica o plano israelita de ocupar Gaza e afirma que não autorizará quaisquer exportações militares para Israel que possam ser utilizadas nesta campanha militar.
Alemanha suspende todas as exportações militares para Israel até novas ordens
A Alemanha diz que um cessar-fogo em Gaza é sua principal prioridade. / Reuters
9 de agosto de 2025

A Alemanha criticou duramente os planos de Israel de ocupar Gaza e anunciou uma suspensão parcial das exportações militares.

“Nestas circunstâncias, o Governo alemão não autorizará nenhuma exportação de equipamento militar que possa ser usado em Gaza”, afirmou o chanceler Friedrich Merz, numa declaração, na sexta-feira.

O líder conservador observou que a Alemanha, até à data, defendeu o direito de Israel se defender, apoiou iniciativas para a libertação de reféns e defendeu o desarmamento do Hamas, apoiando Israel durante todo o conflito.

“A decisão do Gabinete israelita, na noite passada, de prosseguir acções militares ainda mais severas em Gaza torna cada vez mais difícil, na perspectiva do governo alemão, ver como estes objectivos serão alcançados”, enfatizou Merz, acrescentando que seu governo não autorizará mais nenhuma exportação militar para Israel que possa ser usada nesta campanha militar.

Situação humanitária catastrófica

O chanceler também expressou as preocupações de Berlim com a catastrófica situação humanitária em Gaza, em meio a relatos de crianças que morrem de fome e da fome generalizada que afecta a população palestiniana devido ao bloqueio israelita e às operações militares.

“O Governo alemão continua profundamente preocupado com o sofrimento contínuo da população civil em Gaza. Com a ofensiva planeada, o Governo israelita teria uma responsabilidade ainda maior do que antes”, disse Merz, reiterando o seu apelo para que Israel permita o acesso total para a entrega de ajuda humanitária, incluindo para organizações da ONU e instituições não governamentais.

Exortou ainda o Governo israelita a “não tomar mais nenhuma medida para anexar a Cisjordânia”, no meio da crescente preocupação internacional de que tais acções possam agravar ainda mais as tensões e comprometer as perspectivas de uma solução de dois Estados.

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