O número de mortes registados nos confrontos na província de Sueida, no sul da Síria, aumentou para 426, segundo a Rede Síria para os Direitos Humanos (SNHR).
Os confrontos começaram há uma semana entre uma aliança de forças beduínos árabes e grupo de drusos armados.
As vítimas morreram entre 13 e 20 de julho, de acordo com um comunicado divulgado pela Rede Síria para os Direitos Humanos (SNHR) no domingo. Entre os mortos encontram-se 7 crianças, 10 mulheres, 6 profissionais de saúde e 2 profissionais da comunicação social.
Anteriormente, o SNHR informou que pelo menos 321 pessoas foram mortas e mais de 436 ficaram feridas em Sueida entre 13 e 18 de julho, sublinhando a rápida escalada dos combates.
Os confrontos, que foram travados graças aos esforços de mediação do governo sírio e de intervenientes estrangeiros, começaram inicialmente em 13 de julho com confrontos armados entre árabes beduínos e grupo de drusos armadas.
As forças de segurança sírias enviadas para intervir foram alvos de uma emboscada pouco depois da sua chegada.
Embora tenha sido alcançado um cessar-fogo, este foi posteriormente quebrado pelo grupo de drusos armados filiadas na milícia Hikmat al-Hijri.
A situação agravou-se em 16 de julho, quando os militares israelitas realizaram ataques perto do palácio presidencial sírio, contra o quartel-general do Estado-Maior e o Ministério da Defesa.
A medida que as tropas sírias se retiraram de Sueida, o Hikmat al-Hijri começou a atacar as famílias beduínas com deslocações forçadas e execuções.
Milhares de combatentes tribais teriam entrado na zona, vindos de outras regiões, para apoiar os árabes beduínos.
Em 19 de julho, o governo sírio reposicionou as suas forças em Sueida e supervisionou a retirada dos beduínos e dos combatentes tribais da cidade.
O número real de mortos continua incerto, mas os observadores acreditam que o número de baixas entre os grupos armados e os civis pode ser significativamente mais elevado do que os números atuais sugerem.