As forças israelitas apreenderam o navio de ajuda humanitária Madleen, que se dirigia para Gaza, e rebocaram-no para Israel, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros no domingo à noite, acrescentando que os ativistas a bordo serão deportados para os seus países de origem.
Num comunicado publicado no X, o ministério afirmou que o navio está «a caminho da costa de Israel» e que «os passageiros deverão regressar aos seus países de origem».
A Coligação Flotilha da Liberdade disse que soldados israelitas “sequestraram” os ativistas que estavam a bordo do Madleen.
Durante a noite, as forças navais israelitas abordaram o Madleen em águas internacionais, de acordo com a coligação, que também disse que a comunicação com o navio foi perdida.
Imagens ao vivo mostraram anteriormente barcos israelitas a cercar o navio, com soldados a ordenar aos ativistas a bordo que levantassem as mãos.
A eurodeputada franco-palestiniana Rima Hassan disse que as sirenes foram acionadas a bordo do Madleen depois de drones terem pulverizado o barco com um líquido branco.
A relatora especial da ONU, Francesca Albanese, confirmou que dois drones foram vistos a sobrevoar o barc, descrevendo-os como «perigosos».
O Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita disse que a marinha instruiu o Madleen a mudar de rumo devido à sua aproximação ao que chamou de «área restrita».
O Madleen, um veleiro de 18 metros, partiu para Gaza no dia 1 de junho do porto de San Giovanni Li Cuti, em Catânia, Sicília, como parte da missão organizada pela Coligação Flotilha da Liberdade para quebrar o bloqueio israelita e entregar ajuda a Gaza.
Havia um total de 12 pessoas a bordo, incluindo 11 ativistas e um jornalista.
De acordo com os organizadores, o navio transportava suprimentos urgentemente necessários para a população de Gaza, incluindo leite em pó, farinha, arroz, fraldas, produtos de higiene feminina, kits de dessalinização de água, suprimentos médicos, muletas e próteses infantis.