O líder holandês de extrema direita e anti-islão Geert Wilders afirmou que o seu partido PVV deixaria a coligação governamental, provocando a queda do governo de direita.
Os parceiros da coligação, o conservador VVD, o centrista NSC e o partido dos agricultores BBB, não conseguiram chegar a um acordo com o líder do PVV, Geert Wilders, que exigia restrições drásticas às políticas holandesas de asilo e migração.
«Não há assinaturas nos nossos planos de asilo. O PVV abandona a coligação», afirmou Wilders numa publicação no X.
Wilders, cujo partido desempenha um papel fundamental na coligação, insistiu que dez novas medidas rigorosas fossem adicionadas ao acordo de coligação, incluindo o encerramento das fronteiras aos requerentes de asilo, o aumento dos controlos militares nas fronteiras, a redução do número de centros de asilo e a deportação de refugiados sírios com autorizações de residência temporárias, de acordo com a VRT News.
«Se nada mudar ou se as mudanças não forem suficientes, o PVV sai», ameaçou Wilders um dia antes.
Entretanto, os líderes dos outros partidos da coligação reagiram com raiva e desapontamento.
O líder do VVD, Dilan Yesilgoz, disse: «Ele escolhe o seu próprio ego e os seus próprios interesses. Estou espantado. Ele deita fora a oportunidade de uma política de direita. Isto é extremamente irresponsável.»
A líder do BBB, Caroline van der Plas, também condenou a medida.
«Ele tem todas as cartas na mão e está deliberadamente a desistir», disse ela.
A líder do NSC, Nicolien van Vroonhoven, acrescentou que a reunião tinha sido desnecessária, dizendo que já estavam a trabalhar em algumas das preocupações de Wilders.