O Banco Mundial declarou ter liquidado a dívida pendente de 15,5 milhões de dólares da Síria após ter recebido os pagamentos da Arábia Saudita e do Catar, tornando o país elegível para se candidatar a milhões de dólares em subvenções para a reconstrução e apoio orçamental.
Em abril, a Arábia Saudita e o Catar afirmaram que cobririam os atrasos da Síria junto ao Banco Multilateral de Desenvolvimento, o que tornaria o país elegível para novos programas de subvenções, sujeitos às políticas operacionais do banco.
A medida surge na sequência de um anúncio surpresa do Presidente dos EUA, Donald Trump, de que iria ordenar o levantamento de todas as sanções contra a Síria, que está a lutar para se reconstruir após 13 anos de guerra civil. É provável que os Estados Unidos comecem a aliviar as sanções nas próximas semanas.
A partir de 12 de maio, a Síria não tem saldos pendentes com a Associação Internacional de Desenvolvimento, o fundo do banco para os países mais pobres, disse o Banco Mundial.
“Estamos satisfeitos com o facto de a liquidação dos pagamentos em atraso da Síria permitir que o Grupo do Banco Mundial volte a colaborar com o país e a dar resposta às necessidades de desenvolvimento do povo sírio”, declarou o banco em comunicado. “Após anos de conflito, a Síria está a caminho da recuperação e do desenvolvimento”.
O banco disse que iria trabalhar com outros países para ajudar a mobilizar financiamento público e privado para programas que podem ajudar o povo sírio a construir uma vida melhor, estabilizando o país e a região.
O Banco afirmou que o seu primeiro projeto com a Síria se centraria no acesso à eletricidade, o que permitiria o progresso económico e contribuiria para a prestação de serviços essenciais, desde a saúde e a educação até à água e aos meios de subsistência.
“O projeto proposto é o primeiro passo de um aumento planeado do apoio do Grupo do Banco Mundial destinado a fazer face às necessidades urgentes da Síria e a investir no desenvolvimento a longo prazo”, declarou o banco.