A chefe da política externa da União Europeia descreveu como "indefensável" o assassinato de civis que procuram ajuda em Gaza.
Kaja Kallas afirmou na plataforma X que conversou ao telefone com o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Saar, destacando que deixou claro que o IDF (Exército de Israel) deve parar de matar pessoas em pontos de distribuição.
"Todas as opções permanecem sobre a mesa caso Israel não cumpra as suas promessas", acrescentou ela na terça-feira.
Gaza enfrenta agora um dos piores desastres humanitários da sua história. A disseminação da fome acelerou desde 2 de março, quando as forças israelitas fecharam todas as passagens de fronteira, interrompendo a entrada de alimentos, combustível e ajuda médica.
Os sintomas de desnutrição severa tornaram-se generalizados, particularmente entre crianças e pacientes com doenças crónicas.
Desde outubro de 2023, Israel matou mais de 59.000 palestinianos, a maioria mulheres e crianças, em Gaza. Os bombardeamentos incessantes destruíram o enclave, quase colapsaram o sistema de saúde e agravaram a fome.
Em novembro passado, o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão contra o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o seu ex-Ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza.
Israel também enfrenta um caso de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça pela sua guerra contra o enclave.