ÁFRICA
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Primeira cimeira de segurança africana iniciou com apelos à liderança regional
O Presidente ruandês Kagame disse aos líderes africanos presentes na cimeira de segurança africana que recorrer a soluções externas falhou e que devem ser priorizadas as soluções internas e locais.
Primeira cimeira de segurança africana iniciou com apelos à liderança regional
Kagame apela a um alinhamento entre a vontade política e as competências técnicas. / Reuters
há 8 horas

A primeira Conferência Internacional de Segurança sobre África (ISCA) iniciou esta segunda-feira na capital do Ruanda, Kigali, com o Presidente Paul Kagame a classificar a conferência como "necessário há muito tempo" e a apelar a respostas internas para os desafios de segurança do continente.

Discursando na cerimónia de abertura, Kagame afirmou que o futuro de África "não pode ser externalizado" e salientou a importância de o continente assumir a responsabilidade pela sua própria paz e estabilidade.

Disse que a segurança do continente africano tem sido tratada, há muito tempo, como um "fardo a ser gerido por outros", frequentemente sem uma adequada participação regional ou sem uma compreensão do contexto local.

"Esta ação falhou em dar resultados tanto para a África como para o mundo", afirmou.

Kagame descreveu o fórum como um "esforço deliberado para mudar tanto a narrativa como a substância" do papel de África nas discussões sobre segurança global.

Instou os estados africanos a agirem como parceiros credíveis e capazes na abordagem das questões de segurança, salientando que negligenciar esta responsabilidade "permite que outros intervenham, levando a uma perda de credibilidade e controlo".

Kagame apelou a instituições regionais mais fortes, incluindo a União Africana e o seu Conselho de Paz e Segurança, para liderarem a gestão das prioridades de segurança partilhadas do continente.

"A chave para superar os desafios de segurança reside na nossa capacidade de produzir as nossas próprias soluções", afirmou, acrescentando que a conferência deveria alinhar a vontade política com a especialização técnica e os interesses nacionais com as prioridades continentais.

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