Mais de 400 pessoas foram detidas em Londres no sábado durante um protesto tenso em apoio ao grupo Palestine Action, que foi proibido ao abrigo das leis antiterrorismo, disse a polícia.
Centenas de pessoas manifestaram-se em frente ao parlamento britânico, com algumas a segurar cartazes que diziam: "Oponho-me ao genocídio. Apoio a Palestine Action."
A Polícia Metropolitana da capital (Met) disse numa declaração no final de sábado que tinha detido "mais de 425 pessoas... relacionadas com o protesto".
"A maioria destas detenções foram feitas por apoiar uma organização proscrita", disse a força policial.
Polly Smith, uma reformada de 74 anos, disse que os presentes na manifestação "não são terroristas", acrescentando: "A proibição deve ser levantada."
Nigel, um director executivo de 62 anos de uma empresa de reciclagem que recusou dar o seu apelido, disse que a proibição do governo imposta em Julho foi "totalmente inadequada".
"Deviam passar mais tempo a trabalhar para tentar parar o genocídio, em vez de tentar parar os manifestantes", disse antes de ser detido enquanto os manifestantes gritavam "Que vergonha!" à polícia.

Confrontos eclodiram entre agentes e manifestantes que tentaram impedir detenções. Mais de 25 pessoas foram detidas por alegadas "agressões a agentes da polícia e outras infrações de ordem pública", disse a Met.
A Subcomissária Assistente Claire Smart disse que os agentes tinham sido sujeitos a abusos "intoleráveis", incluindo ser esmurrados, pontapeados e cuspidos.
"O nosso papel no contexto do protesto permanece... fazer cumprir a lei, e garantir que aqueles que exercem o seu direito de protesto possam fazê-lo em segurança", disse ela.
A Palestine Action foi proibida ao abrigo da Lei do Terrorismo britânica de 2000.
Críticos, incluindo as Nações Unidas e vários grupos de campanha, condenaram a proibição como excesso legal e uma ameaça à liberdade de expressão.
Mais de 800 pessoas já tinham sido detidas antes da manifestação de sábado, com 138 acusadas de apoiar ou encorajar apoio a uma organização proscrita.
A maioria enfrenta seis meses de prisão se condenada, mas os organizadores das manifestações podem ser condenados até 14 anos se considerados culpados.