Uma unidade militar israelita cruzou para o sul do Líbano na madrugada de quarta-feira, revistou várias casas e interrogou locais e trabalhadores sírios, de acordo com a Agência Nacional de Notícias (NNA), administrada pelo Estado libanês.
Cerca de 20 soldados de infantaria israelitas avançaram nas proximidades da cidade fronteiriça de Al-Aabbasiyyeh para a área de Reihana Berri, na planície de Al-Mari, no distrito de Marjayoun, informou a NNA. Os soldados revistaram casas habitadas e abandonadas, além de interrogarem residentes libaneses e trabalhadores sírios. Dois homens sírios foram detidos e posteriormente libertados perto da fronteira, segundo a agência de notícias.
A NNA também relatou que três drones israelitas sobrevoaram a baixa altitude num padrão circular várias cidades do sul, incluindo Froun, Kfar Sir, Sir El Gharbiyeh, Qaaqaaiyet El Jisr, Yohmor e Arnoun, no distrito de Nabatieh. Outro drone foi avistado na manhã de quarta-feira a voar a baixa altitude sobre as cidades de Babliyeh, Al-Loubiyah, Saksakiyeh e Ansariyeh, na área de Zahrani, também no distrito de Nabatieh.
Cessar-fogo frágil
Os combates transfronteiriços entre Israel e o Hezbollah no Líbano escalaram para uma guerra em grande escala em setembro de 2024. Um cessar-fogo foi alcançado em novembro, mas as forças israelitas continuam a realizar ataques quase diários no sul do Líbano, alegando que têm como alvo atividades do Hezbollah.
As autoridades libanesas relataram quase 3.000 violações israelitas do cessar-fogo, incluindo a morte de pelo menos 258 pessoas e mais de 562 feridos. Segundo o acordo de trégua, Israel deveria retirar-se completamente do sul do Líbano até 26 de janeiro, mas o prazo foi estendido para 18 de fevereiro após Telavive se recusar a cumprir. Israel ainda mantém presença militar em cinco postos fronteiriços.
O enviado dos EUA, Tom Barrack, afirmou na segunda-feira que o acordo de cessar-fogo “não funcionou”.