A senadora norte-americana, Maria Cantwell, disse no sábado que planeia apresentar legislação para criar um enviado especial permanente para investigar assassinatos de civis americanos por militares estrangeiros.
A democrata do estado de Washington citou o assassinato em 2024 da ativista turco-americana Aysenur Ezgi Eygi na Cisjordânia ocupada.
Cantwell disse numa declaração nas redes sociais que, sob a sua proposta legislativa, o enviado especial investigaria os assassinatos por militares ou serviços de informações estrangeiros desde 2024.
"Esta legislação também exigiria que o Enviado Especial providenciasse apoio e informações às famílias daqueles que foram mortos, procurasse responsabilização do governo estrangeiro e fornecesse um relatório anual ao Congresso sobre os esforços do Governo norte-americano para obter respostas para as famílias de americanos que foram mortos", disse ela.

Eygi, de 26 anos, cidadã com dupla nacionalidade turca e norte-americana, foi morta a 6 de Setembro de 2024 por forças israelitas durante um protesto contra colonatos ilegais perto de Nablus.
Provas em vídeo e relatos de testemunhas mostram que Eygi foi visada e morta por um franco-atirador israelita.
Apesar das provas, as conclusões preliminares do exército israelita alegaram que ela foi "muito provavelmente" atingida " de forma indirecta e involuntariamente" quando as suas forças dispararam contra manifestantes que alegadamente atiravam pedras.
Cantwell disse que os departamentos de Estado e da Justiça recusaram até agora conduzir uma investigação independente. Disse que juntou-se a outros senadores para solicitar uma investigação sobre a morte de Eygi.