Os Estados Unidos emitiram um forte aviso aos seus cidadãos para que não viajem para Israel, Iraque ou Irão, à medida que o conflito entre Israel e Irão se intensifica após ataques israelitas sem precedentes ao Irão e os contra-ataques de Teerão.
“Recordamos aos cidadãos norte-americanos que não devem viajar para Israel ou para o Iraque e que não devem viajar para o Irão em nenhuma circunstância”, declarou a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, durante uma conferência de imprensa na terça-feira.
O anúncio surge no momento em que os ataques israelitas contra o Irão entram no sexto dia, com as duas partes a trocarem ataques no que se tornou o confronto direto mais intenso até à data.

Bruce afirmou que os EUA criaram uma “equipa de trabalho” para o Médio Oriente, disponível 24 horas por dia, para apoiar os cidadãos e os funcionários diplomáticos de toda a região.
A equipa de trabalho, segundo ela, emitiu mais de 30 alertas de segurança e actualizou os avisos de viagem para vários países.
“O Departamento de Estado criou uma equipa de trabalho para o Médio Oriente para ajudar a coordenar o apoio aos cidadãos dos EUA, às nossas missões e funcionários diplomáticos norte-americanos, e ao envolvimento diplomático”, afirmou.
Os EUA, que não têm embaixada no Irão, já reduziram o pessoal da sua embaixada no Iraque e autorizaram a partida do pessoal não essencial e das suas famílias tanto do Iraque como de Israel.
Bruce não confirmou se estavam em curso preparativos para eventuais evacuações de cidadãos norte-americanos, mas as suas observações surgem no meio de especulações crescentes sobre a possibilidade de Washington ser diretamente arrastado para o conflito.
Israel lançou ataques aéreos em larga escala contra o Irão na sexta-feira, matando mais de 220 pessoas e ferindo mais de 1.400. O Irão respondeu com ataques de retaliação e, desde então, os combates prosseguem diariamente.
A escalada dos confrontos alimentou a preocupação internacional com o risco de uma guerra regional mais vasta.