O Camboja afirmou que as suas forças armadas capturaram o “território soberano” no meio de um conflito militar em curso com a Tailândia, após a escalada da crise fronteiriça, informou o jornal local Khmer Times.
As forças armadas cambojanas, “sob uma luta forte e vigorosa, capturaram o Templo Ta Krabey e a área de Mumbei ao longo da fronteira”, disse a porta-voz do Ministério da Defesa, Maly Socheata, numa conferência de imprensa.
“Capturámos o Templo Ta Krabey, incluindo a área de Mumbei, que também ocupámos com sucesso, que é o nosso território soberano”, disse a porta-voz, observando que o Camboja mantém o controlo sobre essas áreas.
“Quanto ao Templo Ta Moan Thom, que foi o início do conflito armado, o Camboja ainda mantém o seu controlo sem recuar nem um único passo”, acrescentou.
O facto ocorreu quando o primeiro-ministro interino da Tailândia, Phumtham Wechayachai, condenou o ataque do Camboja “sem qualquer provocação”, matando 10 civis e um soldado tailandês e ferindo 28, segundo a Thai PBS.
Phumtham prometeu proteger firmemente a soberania da nação, afirmando que as forças cambojanas realizaram ataques não provocados em quatro províncias: Ubon Ratchathani, Buriram, Sisaket e Surin.
“Sem qualquer provocação, eles usaram armas pesadas para disparar indiscriminadamente contra o território tailandês, levando as forças tailandesas a responder”, disse após uma reunião de emergência com o Conselho de Segurança Nacional.
Não há informações divulgadas sobre vítimas do lado cambojano.
O último confronto ocorreu um dia depois de um soldado tailandês ter perdido a perna numa explosão de mina terrestre.

Os dois lados apresentaram alegações divergentes sobre quem terá ateado o fogo.
O Camboja solicitou a intervenção “urgente” do Conselho de Segurança da ONU em meio à escalada das tensões com a Tailândia.
O Camboja e a Tailândia reduziram as relações diplomáticas ao nível mais baixo em décadas, após o aumento das tensões entre os dois países desde 28 de maio, quando tropas trocaram tiros perto da fronteira, resultando na morte de um soldado cambojano.