SAÚDE & BEM-ESTAR
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PAM: "Cortes dos EUA na ajuda alimentar vital para 14 países são uma "sentença de morte"
O Programa Alimentar Mundial diz que está a negociar com os EUA para procurar esclarecimentos e defender a continuação do financiamento.
PAM: "Cortes dos EUA na ajuda alimentar vital para 14 países são uma "sentença de morte"
O PAM não é o único organismo da ONU afetado por cortes no financiamento dos EUA, uma vez que os Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, se voltaram fortemente para dentro e deixaram de tentar ajudar outros países em todo o mundo, como parte de uma agenda isolacionista. / AP
8 de abril de 2025

Os Estados Unidos puseram fim à ajuda alimentar de emergência a 14 países, pondo em risco a vida de milhões de pessoas que passam fome ou que estão famintas, informou uma agência das Nações Unidas.

O Programa Alimentar Mundial (PAM), que já estava a enfrentar uma queda de 40 por cento no financiamento para este ano, disse na segunda-feira que tinha sido avisado da nova suspensão da ajuda americana a 14 países.

Em comentários no X, a agência não nomeou esses países.

"Se for implementada, esta medida pode ser uma sentença de morte para milhões de pessoas que enfrentam fome extrema e inanição", afirmou a agência.

A agência afirmou que está actualmente a dialogar com Washington para obter esclarecimentos e defender a continuação do financiamento para operações críticas que salvam vidas.

Embora alarmado com o potencial impacto, o PAM manifestou também a sua gratidão aos EUA e a outros doadores pelo seu apoio.

"A nossa equipa continua a trabalhar incansavelmente para levar assistência alimentar vital às comunidades vulneráveis ​​em pontos críticos de fome em todo o mundo", acrescentou.

Cortes sucessivos

O PAM não é o único organismo da ONU afectado pelos cortes de financiamento dos EUA, uma vez que os Estados Unidos, sob o comando do Presidente Donald Trump, se voltaram radicalmente para dentro e deixaram de tentar ajudar outros países do mundo como parte de uma agenda isolacionista.

A administração Trump disse ao Fundo das Nações Unidas para a População, uma agência dedicada à promoção da saúde reprodutiva, que iria acabar com dois programas, explicou a organização à agência de notícias AFP na segunda-feira.

Um dos programas destinava-se ao Afeganistão e o outro à Síria.

Outros países, para além dos Estados Unidos, também anunciaram cortes de financiamento nos últimos meses, causando alarme entre as ONG e as organizações internacionais.

A administração Trump esvaziou em grande parte a USAID, a principal organização de assistência humanitária dos EUA. Anteriormente, dispunha de um orçamento anual de 42,8 mil milhões de dólares, o que correspondia a 42% de todo o dinheiro da ajuda concedido em todo o mundo.

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