Israel está em contato com quatro países e com a região separatista da Somalilândia, na Somália, para explorar a transferência forçada de palestinianos de Gaza, informaram os media israelita nesta quinta-feira, numa medida amplamente condenada como uma violação do direito internacional.
O Channel 12 relatou “avanços” nas negociações com a Indonésia e a Somalilândia, que declarou independência da Somália em 1991, mas não é reconhecida internacionalmente.
O órgão de comunicação mencionou a Indonésia, Líbia, Uganda, Sudão do Sul e Somalilândia como as partes envolvidas nas discussões.
Citando uma fonte israelita não identificada, foi relatado que alguns países demonstraram “mais abertura” para receber palestinianos deslocados pela guerra em Gaza, embora nenhum acordo tenha sido alcançado.
Até à manhã de quinta-feira, a única resposta oficial veio do Sudão do Sul, cujo Ministério dos Negócios Estrangeiros emitiu uma declaração na quarta-feira negando os relatos de quaisquer discussões com Israel, classificando-os como “infundados” e não representativos da sua política oficial.
Os media israelita também informaram que a Vice-ministra dos Negócios Estrangeiros, Sharren Haskel, chegou ao Sudão do Sul na quarta-feira, na primeira visita de um oficial israelita ao país, com especulações de que a sua viagem estaria ligada aos planos de realojamento.
Os planos de remover à força os palestinianos de Gaza têm sido amplamente rejeitados pelos palestinianos, pelos estados árabes e por grande parte da comunidade internacional, sendo considerados uma violação do direito humanitário e dos direitos humanos internacionais.
O exército israelita, rejeitando os apelos internacionais para um cessar-fogo, tem conduzido uma guerra brutal em Gaza desde outubro de 2023, matando mais de 61.700 palestinianos.
