Mais de 2.700 crianças palestinianas foram diagnosticadas com desnutrição aguda em Gaza, devido ao cerco israelita devastador ao enclave, informou a Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinianos (UNRWA).
"A crise atingiu níveis de desespero sem precedentes enquanto as pessoas continuam a passar fome em toda a Faixa de Gaza", afirmou a UNRWA num comunicado na quarta-feira.
"Mais de 2.700 crianças com menos de cinco anos diagnosticadas com desnutrição aguda no final de maio", acrescentou.
A agência da ONU disse que apenas um centro médico que continuava a funcionar parcialmente no norte de Gaza, devido à grave escassez de reservas de combustível.
"O acesso humanitário deve ser urgentemente restabelecido", disse a UNRWA.
Rejeitando os apelos internacionais para um cessar-fogo, o exército israelita tem prosseguido uma ofensiva brutal contra Gaza desde outubro de 2023, matando quase 55.000 palestinianos, a maioria mulheres e crianças.
Como Israel continua a fechar todas as passagens fronteiriças de Gaza à ajuda humanitária desde o início de março, as agências de ajuda humanitária têm alertado para o risco de fome entre os 2,4 milhões de habitantes de Gaza.
Em novembro passado, o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de captura contra o Primeiro-Ministro israelita Benjamin Netanyahu e o seu antigo Ministro da Defesa Yoav Gallant por crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza.
Israel também enfrenta um processo de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça pela sua guerra no enclave.
