POLÍTICA
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Putin adverte que tropas ocidentais na Ucrânia seriam “alvos legítimos”
As observações surgem na sequência do anúncio do Presidente da França, Emmanuel Macron, de que 26 países comprometeram-se a dar garantias de segurança à Ucrânia no pós-guerra, incluindo potencialmente uma força internacional em terra, no mar e no ar.
Putin adverte que tropas ocidentais na Ucrânia seriam “alvos legítimos”
Putin reitera o convite a Zelensky para conversas diretas, dizendo que Moscovo seria o "melhor lugar" para tal encontro. / AA
6 de setembro de 2025

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, avisou que quaisquer tropas estrangeiras enviadas para a Ucrânia seriam consideradas alvos legítimos por Moscovo, mas insistiu que essas forças deixariam de ser necessárias se fosse assinado um acordo de paz.

No Fórum Económico Oriental, em Vladivostok, na sexta-feira, Putin comentou a reunião de Paris, na quinta-feira, da chamada “coligação dos dispostos”, um grupo de países que presta apoio militar a Kiev e se compromete a enviar tropas após um cessar-fogo.

“Relativamente a possíveis contingentes militares na Ucrânia - se aparecerem hoje na Ucrânia, serão um alvo legítimo para os militares russos”, disse Putin.

“Se forem alcançados acordos que conduzam a uma paz duradoura, então não vejo qualquer razão para a sua presença em território ucraniano. É só isso. Porque se esses acordos forem alcançados, ninguém duvida que a Rússia os cumprirá na íntegra”, afirmou.

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Planos de garantias de segurança liderados pela UE

As observações foram feitas depois de o Presidente da França, Emmanuel Macron, ter anunciado que 26 países comprometeram-se a dar garantias de segurança à Ucrânia no pós-guerra, o que poderá incluir uma força internacional em terra, no mar e no ar.

A Rússia tem citado repetidamente a perspectiva de expansão da NATO - e as ambições de Kiev de aderir à aliança - como uma das justificações para a sua invasão total na Ucrânia em fevereiro de 2022.

Putin sugeriu que qualquer presença militar estrangeira seria desnecessária se a paz fosse alcançada.

“Se forem tomadas decisões que conduzam a uma paz duradoura, então não vejo qualquer sentido na sua presença no território da Ucrânia, ponto final”, afirmou.

Conversas diretas com Zelensky

Putin reiterou também o seu convite ao Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para conversações diretas, afirmando que Moscovo seria o “melhor local” para esse encontro.

“Se alguém quiser realmente encontrar-se connosco, estamos prontos. O melhor lugar para isso é a capital da Federação Russa, a cidade heróica de Moscovo”, afirmou.

Segundo Putin, Kiev tinha anteriormente excluído o contacto com a Rússia, mas agora procura o diálogo.

Putin prometeu garantias “a cem por cento” para a segurança de qualquer delegação ucraniana, embora tenha considerado “excessivos” os pedidos da Ucrânia para escolher um local de reunião diferente.

As observações sublinham as ameaças contínuas de Moscovo contra o envolvimento ocidental na Ucrânia e o seu esforço para demonstrar prontidão para as negociações, mesmo quando a guerra entra no seu terceiro ano.

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